Tanner Guildcross sentou-se na beirada da cama, os nervos à flor da pele. Ele já se sentia culpado. Sabia disso em sua mente e sentia em seu coração, mesmo que ainda não tivesse agido. O que começou como mera curiosidade floresceu e ele não podia mais voltar atrás. Arranjos foram feitos, garantias foram dadas e Tanner sabia que sua vida estava prestes a mudar. Quanto, ele não sabia, mas o simples pensamento estava deixando seu estômago em nós. Uma batida na porta o assustou e ele quase correu para abri-la, feliz ao ver seu colega, Alan, parado ali, com um copo de uísque na mão. “E aí, Al?” “Só me preparando.” O homem corpulento resmungou, já bem embriagado. Ele entrou no quarto, pegando o relógio de Tanner e dando uma olhada rápida. “E falando em preparação, Harry, Mike e eu vamos a alguns clubes.” “Clubes?” Tanner também se serviu de um uísque e completou o copo de Alan. “Que tipo de clubes?” Alan gargalhou, dando um tapa nas costas de Tanner. “Clubes de strip-tease, claro! Eu não quero dançar. Quero ver uns peitos.” “Bem, tenho certeza de que há muitos por aí.” “Quer ir junto?” “Não. Tenho trabalho a fazer antes de voarmos de volta amanhã.” “Você trabalha demais, se quer saber.” Alan terminou sua bebida e se serviu da garrafa no mini-bar. “Você deveria fazer uma pausa.” “Não posso me dar a esse luxo, Al. Você sabe o quanto eu quero essa parceria e sabe que é muito competitivo. Agora, eles estão de olho em tudo o que faço e tenho que garantir que não encontrem nada fora do lugar.” “Então você trabalha de graça?” “São apenas algumas horas aqui e ali, Al. Nada demais.” “Aposto que a Jenny discordaria disso.” Tanner riu nervosamente, pensando em sua esposa, esperando em casa. “Aposto que você está certo.” “Bem, me ligue no celular se mudar de ideia.” “Claro, Al, e obrigado por perguntar.” Com Al fora, seus pensamentos voltaram ao assunto em questão. Ele vinha pensando nisso há muito tempo, até tinha conversado sobre isso com outros em salas de bate-papo na Internet, mas nunca tinha feito. Esta noite era diferente. Esta noite, ele ia fazer: ele ia transar com outro homem. Pronto. Eu disse. Ele respirou fundo e se olhou no espelho. Aos trinta e nove anos, ainda era bonito de uma maneira desgastada. Um amor de infância pelo boxe o deixou com uma orelha de couve-flor e um corte profundo e bem cicatrizado que bifurcava sua sobrancelha direita. Os nós dos dedos de suas grandes mãos eram motivo de conversa, já que ele quebrou a maioria deles pelo menos uma vez, e seu corpo de seis pés ainda carregava os músculos grossos que ele trabalhava sete dias por semana. Ele ainda se exercitava, mas apenas três vezes por semana, e sua antecipação de uma luta emocionante foi substituída pela euforia de ganhar um caso. E depois que se casou, Jenny se tornou o centro de sua vida, junto com o trabalho. Exceto… diga. Apenas diga. Ele passou a mão pelo cabelo preto ondulado, olhando para o reflexo de seus próprios olhos verde-azulados. Em algum momento de seu desenvolvimento, ele descobriu uma curiosidade sobre homens; uma curiosidade que ia além do simples jogo de mostre-o-seu-que-eu-mostro-o-meu da infância. Uma curiosidade que queimava tão intensamente que às vezes ele se pegava se esfregando, como estava agora, imaginando que sua mão pertencia a outro homem. Tanner fechou os olhos e abriu o zíper das calças, puxando um pedaço de carne que estava engrossando e dando-lhe um aperto suave. O efeito foi imediato: o sangue encheu a carne, destacando as veias e músculos até que se esticasse em todo o seu comprimento. Ele envolveu os dedos ao redor da carne sedosa, quase testando seu peso antes de dar uma longa, carícia. Em sua mente, ele imaginou que o homem estava atrás dele, seu corpo nu pressionado contra suas costas e sua ferramenta na mão do homem. Tanner estava à sua mercê, cada nervo de seu corpo formigando com o toque gentil, mas insistente, e ele se entregou ao homem, deixando-o provocar seus mamilos e morder seu pescoço. Deus, ele estava tão perto e o homem sabia disso. Seu pau duro deslizava pelo comprimento suado de sua rachadura e sua mão acariciava seu pau, o aperto do homem mais firme agora enquanto ele se aproximava do clímax. Quando aconteceu, Tanner sentiu como se explodisse junto com seu pau, quebrando-se em mil pedaços nos braços do homem, respirando na boca do homem e compartilhando sua paixão. Demorou alguns momentos antes de ele voltar a si, ofegante, seu pau flácido mas ainda gotejando em sua mão. Seu sêmen havia respingado no espelho e no chão e ele limpou, depois de cuidar de si mesmo. Ele tinha tirado a ponta e agora era hora de ir. Com um senso de pressentimento e a excitante emoção do desconhecido fluindo por seu corpo, Tanner deu uma última olhada rápida em seu quarto antes de fechar a porta firmemente atrás de si.