As Aventuras de Boipussy Pt. 13

Todos na excursão sabiam que podiam dormir até mais tarde. Outro voo foi fretado para levar a comitiva a Rio de Janeiro para o penúltimo show, então não havia necessidade de começar o dia cedo para ninguém. Pedro se levantou para fazer xixi, e quando voltou para a cama, seu namorado estava apenas acordando. “Olá,” Carlos disse. “Bom dia, sexy,” Pedro respondeu, e eles se beijaram. O beijo começou como um gesto morno e indistinto de ‘bom dia’, mas a urgência cresceu lentamente até que Carlos rolou dominadoramente por cima de seu namorado, tentando desesperadamente esculpir arte na garganta de Pedro com a ponta de sua língua. “Ainda não consumamos nosso casamento,” Carlos sussurrou, seu longo cabelo preto caindo sobre o peito de Pedro, fazendo cócegas em seus mamilos. Seu pau estava duro dentro da cueca. “O quê?” Pedro respondeu. Inglês era a segunda língua do mexicano. “Ainda não consumamos…” “Eu sei o que você disse,” Pedro interrompeu, “mas acho que você quis dizer ‘consumar’, não ‘consumir’. Você sabe o que isso significa?” “Significa que podemos ter uma foda de casamento extra-especial,” Carlos afirmou. Pedro olhou para seu lindo namorado, suspirando enquanto tentava não rir. Uma ‘foda de casamento extra-especial’? Os ocasionais mal-entendidos de Carlos em inglês eram tão fofos. “Não, cara, isso… não… então, primeiro de tudo, sem entrar em detalhes, consumação é uma coisa da igreja, e nenhum de nós é religioso, então foda-se essa besteira. Em segundo lugar, a consumação vem depois que o casamento real acontece, não depois do noivado. E em terceiro lugar,” Pedro concluiu com um brilho malicioso nos olhos, “se você vai por esse caminho, significa que eu devo ser virgem de agora até nos casarmos, então mãos fora.” A ereção de Carlos pressionava dentro de sua cueca enquanto Pedro rolava brincando para longe debaixo dele. Ele se levantou e começou a se preparar para o dia. “Amor,” Carlos protestou, apontando para seu pau inchado. “Você não quer um pouco disso?” A boceta de Pedro pulsou. Claro que ele queria, mas achou que isso poderia ser um jogo divertido. “Gostaria de poder te ajudar,” ele deu de ombros, “mas eu não faço as regras.” Carlos se sentiu frustrado. Ele queria desesperadamente consumar seu futuro casamento, e sua ereção matinal não ia a lugar nenhum. Pedro entrou no chuveiro. Seu grosso cabelo ruivo até os ombros estava ensaboado quando ele notou uma sombra pairando perto da porta do banheiro. Era Carlos, se masturbando, observando-o. Pedro enxaguou o xampu antes de pressionar suas nádegas firmemente contra o vidro do boxe, dando a seu namorado uma boa visão do que ele não estava conseguindo. Ele pegou o sabonete e passou-o para cima e para baixo em sua rachadura, abrindo bem as nádegas, pressionando-as novamente contra o vidro. A sombra na porta desapareceu, e Pedro terminou seu banho. “Gostou do show?” ele provocou, se enxugando ao lado da cama do hotel. “Foi tão quente,” admitiu Carlos. Pedro sorriu ao notar uma pequena bola de lenços ao lado da cama. Ele beijou seu noivo na bochecha. Eles se vestiram e desceram para um café da manhã tardio antes de seu ônibus partir para o aeroporto. O pouso no Rio de Janeiro ocorreu sem problemas, e as bandas e a equipe fizeram check-in em sua casa longe de casa, cara e opulenta, por duas noites. Eles estavam a apenas um quarteirão da costa. O tempo estava perfeito, o céu era de um azul profundo e claro, e o bar e a piscina na cobertura eram pura decadência do rock ‘n roll. Arthur mergulhou como um nadador olímpico, jogando seu longo cabelo molhado para fora do rosto antes de pedir uma cerveja gelada. “Esta é a vida, rapazes,” ele declarou, segurando sua bebida gelada para o alto, brindando a qualquer divindade benevolente que lhe concedeu este dia perfeito. “Bem-vindos ao Estado do Sol, o melhor lugar da Terra.” Pedro usou as escadas da piscina para entrar lentamente na água, e Carlos o seguiu. Para um dia tão quente, a piscina estava surpreendentemente mais fria do que eles esperavam, e levou alguns momentos para Carlos reunir coragem para submergir sua virilha. Quase magicamente, duas cervejas chegaram — uma para Carlos e outra para seu namorado. Os três headbangers nadaram, brincaram e beberam, aproveitando um momento perfeito ao sol. Camila chegou à piscina usando óculos escuros, um biquíni apertado e um par de chinelos. Arthur notou que ela tinha pintado as unhas dos pés de preto. Ela entrou na água com cuidado. “Oi, meninos,” ela disse, beijando seu rockstar na bochecha, “vocês estão se divertindo?” “Pra caralho,” Arthur respondeu. “Isso é o melhor, Camila,” gaguejou Pedro. Ele tomou um gole de sua cerveja gelada. “Estou tão feliz, querido.” Seus peitos de plástico falsos, mal contidos dentro do top do biquíni, pareciam quase flutuantes. Salvavidas não eram necessários nesta tarde. Se alguém estivesse em perigo de se afogar, Camila poderia ter sido usada como dispositivo de flutuação. “A propósito, tenho um anúncio,” Pedro acrescentou. Ele olhou para Carlos, apenas para ter certeza de que estava tudo bem com ele. Seu namorado assentiu. “Carlos e eu vamos nos casar,” ele sorriu. “Não fode,” disse Arthur. Sua boca se abriu em completa surpresa. “Sim,” disse Carlos, “é verdade. Eu pedi este idiota em casamento, e ele disse sim.” “Porque este idiota te ama,” Pedro respondeu, jogando os braços em volta do pescoço do mexicano. Camila bateu palmas de alegria. “Esta é a melhor notícia de todas! Um casamento da banda na nossa turnê! Podemos fazer algo especial para marcar o evento?” Tanto Carlos quanto Pedro balançaram a cabeça, recusando a oferta. “Obrigado, Camila,” disse Carlos, “mas vamos organizar algo tranquilo quando a turnê acabar.” Camila fez beicinho. Ela tinha outras ideias sobre isso. Mas por enquanto, os quatro brincaram, jogaram água e beberam, e sob a superfície da água, Carlos mal conseguia manter as mãos longe da bunda suculenta, mas inesperadamente fora dos limites, de seu namorado. Quando o sol começou a se pôr e a área da piscina começou a se acalmar, Arthur começou a formular planos para a noite. Ele estava se sentindo um pouco bêbado. “OK

Claro, aqui está o texto com os nomes e lugares adaptados para nomes e lugares em português brasileiro, e traduzido para o português brasileiro:

“Galera, vocês estão no meu território e na minha cidade natal, e eu vou levar vocês para sair esta noite. Voltem para seus quartos, troquem de roupa e nos encontraremos no saguão em meia hora.” Ace acompanhou o grupo a um bar e restaurante cubano não muito longe do hotel deles. Ele conhecia bem o lugar, tendo estado lá muitas vezes antes. Era uma noite quente e úmida, e enquanto eram levados à mesa, o garçom perguntou o que queriam beber. “Quatro Cristais, por favor,” Ace respondeu, e em poucos momentos, um quarteto de cervejas cubanas geladas chegou à mesa. “Achei que havia um embargo comercial?” Carlos perguntou, franzindo a testa em confusão. “Sssh,” veio a resposta de Ace. “O que você é, o Departamento de Estado? Apenas beba,” ele disse, virando metade da garrafa em alguns goles rápidos. Pedro tomou um gole. “Caramba, isso é bom,” ele avaliou. Ele verificou o rótulo da garrafa — sim, as bebidas pareciam ser importações cubanas genuínas. Ele se perguntou se charutos cubanos estavam disponíveis. Ele adoraria fumar um. Ace fez o pedido para todos, e logo, um banquete de comida cubana chegou. Eles comeram bem, embora Carlos tenha exagerado um pouco no chili. “Essa foi uma refeição incrível. Estou muito cheio,” Carlos arrotou, “mas ao mesmo tempo, insatisfeito.” Candii ficou surpresa ao ouvir isso. A refeição foi incrível, a companhia dela havia investido muito nesta turnê e as bandas estavam alcançando novos públicos; por que alguém se sentiria insatisfeito? “Parece que vou ter que me masturbar até nos casarmos,” Carlos continuou. “Pedro é um virgem renascido até amarrarmos o nó.” Pedro explicou a conversa desta manhã e o mal-entendido por trás dela. Tanto Ace quanto Candii riram por dentro, imaginando quanto tempo Carlos poderia aguentar. “Você também não deveria se masturbar,” Ace brincou. “Receio dizer que você vai ter que esperar.” Ele sorriu. “Espero que suas bolas não explodam enquanto isso, mas a igreja diz que a masturbação é um mal.” Ele riu ao ver o sorriso travesso de Pedro junto com a careta dolorida de Carlos. “Que se dane a igreja,” veio a resposta direta de Carlos. Ele mostrou o dedo do meio para o céu. “Então estou supondo que seu casamento não será uma cerimônia religiosa?” perguntou Candii, já suspeitando da resposta. Outra rodada de cervejas chegou à mesa. Pedro balançou a cabeça. “De jeito nenhum. E se posso ser honesto, minha cabeça ainda está girando com tudo isso. Ainda mal posso acreditar que Carlos me pediu em casamento. Estou meio esperando acordar e descobrir que tudo isso foi um sonho. Mas se isso for realmente real, uma cerimônia civil tranquila estaria bem para mim, desde que possamos festejar muito depois.” Candii guardou essa informação. Carlos concordou com a cabeça. “É real, amor,” ele sussurrou baixinho para seu baterista, plantando um beijo em seu pescoço doce. “Esto no es un sueño. Te amo, meu irmão sexy.” Candii tentou organizar seus pensamentos. “Mas se vocês vão… espera, deixa eu voltar um pouco… tipo, consumação é uma coisa religiosa, então acho que não entendo. Por que Pedro está fingindo ser virgem quando obviamente não é?” Pedro corou um pouco. Candii estava certa; ele era um total viciado em sexo. “Carlos trouxe isso à tona em primeiro lugar,” ele disse, apontando o polegar na direção de seu namorado, “então talvez pergunte a ele.” “Espera, então você teria me deixado transar com você esta manhã?” desafiou Carlos. “Você é o homem mais quente do mundo,” Pedro respondeu, “e sou seu a qualquer momento que você me quiser, mas achei que isso poderia ser divertido.” O sorriso de Pedro era delirantemente malicioso, e Carlos levou um momento para processar o que seu namorado disse. “Você vai me provocar?” Carlos perguntou. “Talvez.” O sorriso de Pedro agora estava enorme. “Eu sei que você gostou do show que eu dei esta manhã.” A cabeça de Candii virou. “Espera, o quê?” “Ele se masturbou esta manhã me vendo tomar banho,” Pedro continuou. “Eu abri minhas nádegas contra o vidro, mostrando meu ânus, e quando saí, ele me disse que isso o excitou.” Carlos assentiu. “É verdade.” “Caramba, cara,” Ace riu, “você vai direto para o inferno.” Em resposta, Carlos levantou o dedo para o céu novamente, só para o caso de terem perdido da primeira vez. “Eu vi a bola de lenços,” Pedro revelou, balançando a cabeça em descrença. “Todo aquele esperma desperdiçado.” Ace voltou seu olhar para Carlos. Ele queria testar onde estavam os limites temporários. “Tem um banheiro logo ali,” ele disse, apontando vagamente na direção do banheiro do restaurante. “Hipoteticamente, se eu dissesse para você me encontrar na segunda cabine em cinco minutos, eu estaria esperando de joelhos e você poderia transar com meu rosto até gozar, o que você faria?” Pedro estava curioso para ouvir a resposta de Carlos a essa pergunta intrigante. “Não até que Pedro e eu estejamos casados.” Candii ficou atordoada. “Então… espera… vocês dois são monogâmicos a partir de agora?” “De jeito nenhum,” tossiu Pedro, no meio de um gole de cerveja cubana gelada. “Então… caramba… espera, o quê?” disse uma Candii confusa. Ela colocou a cerveja na mesa e jogou as mãos para o alto. “Eu não entendo nada agora.” “Pedro e eu não somos do tipo monogâmico,” disse Carlos. “Tivemos nossa conversa, e sabemos onde estamos. Nossa intenção é ser fiéis um ao outro em nossos corações. Mas se ele vai me provocar até amarrarmos o nó, eu não vou transar com outras pessoas pelas costas dele.” “Sim, eu entendo o que você está dizendo,” tentou Ace, “mas isso não é pelas costas do Pedro, ele está sentado bem ao seu lado, e vou aproveitar esta oportunidade para lembrar que o banheiro está logo ali.” Ele abriu a boca bem grande e colocou a língua para fora de forma provocante. “Não me diga que você não quer um pouco disso,” ele disse, chupando um dedo tão forte que suas bochechas quase…

desmoronou. “Você pode usar meu rosto para praticar tiro ao alvo.” Candii ficou excitada olhando para a boca escancarada de seu rockstar. “Se o Carlos não quiser sua boca, eu conheço alguém que quer.” Ela gemeu levemente, fazendo cócegas em seu namorado debaixo da mesa. A refeição foi satisfatória, mas Ace estava com fome de esperma. “Com licença por um momento,” ele disse. Ele pegou a mão de Candii e a levou ao banheiro. Pedro virou-se para seu parceiro. “Você está bem?” Carlos estava pronto para o desafio. Seus olhos latinos escuros estavam em chamas. “Claro que estou, amor. Vou ver quanto tempo consigo aguentar com essa sua baboseira de virgem religiosa.” Pedro sabia que cederia se seu namorado fizesse movimentos sérios. Carlos era irresistível. Alguns minutos depois, Candii voltou para a mesa. Ace a seguiu alguns segundos depois, limpando a boca com as costas da mão. A conta estava na mesa. Candii jogou o cartão de crédito de Swallow, e a dívida da noite foi instantaneamente quitada. “Vamos voltar para o hotel,” ela disse, piscando os cílios. “Grande dia amanhã.” Ace a ajudou a levantar da cadeira e deu um leve aperto em sua bunda enquanto ela se levantava. “Menino travesso,” ela repreendeu, “aproveitando-se de mim assim. Vou te punir por isso mais tarde.”

*

O grupo de quatro voltou para o hotel e pegou o elevador de volta para o andar de cima. Ace e Candii desapareceram, desejando a Pedro e Carlos uma boa noite. “Vejo vocês amanhã de manhã no café da manhã,” disse Candii. “Café da manhã às 10h30.” Pedro pegou a chave do quarto e abriu a porta. “Caramba, está quente aqui,” ele disse, pegando o controle remoto do ar-condicionado. Segundos depois, uma brisa artificial fresca varreu o quarto. Carlos foi para o banheiro e fechou a porta atrás dele. “Você está bem aí, amor?” perguntou Pedro. “Sim… só me dê um segundo,” veio a resposta hesitante. Cinco minutos depois, Pedro ouviu a água correndo. “Você se masturbou de novo, não foi?” ele desafiou. “A comida não caiu bem,” respondeu Carlos. “Talvez eu tenha comido muito chili.” Quando o cheiro atingiu as narinas de Pedro, ele soube que seu namorado estava dizendo a verdade. “Ligue o exaustor, cara, isso é brutal.” Carlos deitou na cama, esfregando o estômago dolorido. Pedro se sentia bem. Ele mandou uma mensagem para Ace. ‘você e candii estão bem depois da refeição?’ Ace: ‘sim, por quê?’ Pedro: ‘sem motivo’ Talvez Carlos tenha comido muito chili, ou talvez ele simplesmente tenha tido azar com a comida. De qualquer forma, seria uma noite cedo, e nenhum casamento seria consumado naquela noite. Os meninos deitaram na cama assistindo ao noticiário local noturno. A previsão para o dia seguinte era de temperaturas na casa dos trinta graus. Ambos beberam muita água. “Você vai estar bem para amanhã?” Pedro perguntou, esfregando o estômago sensível do namorado. “Já me sinto melhor,” veio a resposta. “Você sabe o que dizem, melhor fora do que dentro.” Pedro sorriu, beijando Carlos docemente nos lábios. “Boa noite, meu sexy metaleiro brasileiro.” “Dulces sueños, mi amor.” O ar-condicionado roncou silenciosamente a noite toda.

*

Todos se reuniram ao redor do buffet de café da manhã na manhã seguinte. Ace encheu seu prato com tomate grelhado, espinafre murcho, hash browns e torradas. Candii colocou um pouco de iogurte em uma tigela de cereal e levou para a mesa. Ela voltou para pegar dois cafés fortes, um para seu rockstar e outro para ela. A porta do elevador tocou, e Carlos e Pedro apareceram. Eles estavam na metade do café da manhã quando Ace lembrou da mensagem de texto obtusa de Pedro na noite anterior. “Está tudo bem com vocês?” ele perguntou. Pedro tinha momentaneamente esquecido. “Hã?” “Você me mandou uma mensagem ontem à noite perguntando se Candii e eu estávamos bem depois do jantar.” “Aquela refeição passou direto por mim,” revelou Carlos. “Mas agora estou bem. Não sei o que foi. Provavelmente muito chili.” “Achei que os brasileiros aguentassem bem o chili,” ponderou Ace. Pedro entrou na conversa. “Eu também achei.” “Confie no Ace para te dar uma intoxicação alimentar na noite antes de um show,” brincou Candii, dando um leve chute em seu rockstar debaixo da mesa. “Ei, não me culpe!” protestou Ace, com o rosto cheio de hash brown. “Eu já fui a esse restaurante um milhão de vezes, e sempre foi ótimo!” “Não se preocupe, Ace,” tranquilizou Carlos. “Eu só deixei o quarto fedido por um tempo.” Candii comicamente beliscou o nariz em resposta. “Estou 100% para hoje,” continuou o sexy vocalista do Ass To Mouth. “Vamos arrebentar no Rio de Janeiro.” “Ou talvez um novo boipussy,” disse Ace, sorrindo. “Eu sei que você e Pedro vão se casar em breve, Carlos, mas você pode me dar um novo boipussy sempre que quiser.” Candii chutou seu rockstar debaixo da mesa novamente, mas desta vez, um pouco mais forte. Ela acrescentou uma carranca à mistura. “A propósito, Candii,” perguntou Pedro, “onde *vamos* tocar hoje?” Ele esperava que ela nomeasse um local que ele nunca tinha ouvido falar antes. Ele realmente não se importava onde eles iam tocar, estava apenas sendo curioso, fazendo uma conversa casual. Candii engoliu sua boca cheia de iogurte e cereal antes de responder. “Na praia.” Carlos tossiu de surpresa. “Venham aqui.” Com um dedo tentador, Candii levou os músicos até a janela, levando sua xícara de café com ela. “Vê aquele palco ali?” Ela apontou para um palco temporário de rock ‘n roll, na distância próxima, nas partes norte da Praia de Copacabana. “É para nós. E hoje à noite, vamos inverter as duas bandas principais. Ass To Mouth toca penúltimo, e Boipussy vai encerrar o show.” Ace começou a protestar. Ele ia dizer que Boipussy era *claramente* a banda mais nova do evento que ainda nem tinha lançado seu primeiro álbum, mas Candii o interrompeu antes que ele começasse. “Cala a boca,” ela disse, cutucando-o no peito. “Eu já sei o que você vai dizer, então aqui está minha resposta. O Rio de Janeiro é a cidade natal do Boipussy, e eu quero que você e o resto da sua banda tenham uma noite que nunca vão esquecer.” Nesse ponto, Candii não tinha com o que se preocupar. Ace teria

nunca esqueceria dessas últimas duas semanas enquanto vivesse, e elas ainda nem tinham acabado. “E além disso,” Candii continuou, “eu sou a porra da chefe.” Ela terminou o resto do seu café, virou nos calcanhares e saiu saltitando. Pedro olhou pela janela para a praia. Puta merda, eles iam tocar naquele palco hoje à noite? Na Praia de Copacabana? Ele não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Mas era real, e mais tarde naquela tarde, uma frota de micro-ônibus transportou as cinco bandas e suas equipes pela ponte antes de virar à esquerda, indo para o norte em direção ao local temporário daquela noite. A passagem de som foi rápida e os meninos foram deixados por conta própria enquanto Kuntlapper, a primeira banda de hoje, subia ao palco. Ace, Carlos e Pedro reclinaram-se em cadeiras de praia, óculos de sol no rosto, com seus passes VIP All Access pendurados no pescoço. A multidão começou a se reunir e crescer. “Sem sala de bate-papo hoje,” observou Ace. “Não funcionaria muito bem em uma praia,” respondeu Carlos. “A menos que fosse uma praia de nudismo,” contribuiu Pedro. “Se você for furtivo o suficiente, a praia toda é uma sala de bate-papo.” “Ótima ideia para uma música,” declarou Ace. “Vocês já transaram na praia?” “Belo Horizonte não tem muitas praias,” respondeu Carlos. “E embora eu ame a praia, odeio ficar com areia na bunda,” voluntariou Pedro, encerrando a linha de questionamento de Ace. “Você já foi fodido com areia no rabo? Uma estrela, não recomendo.” Carlos levantou as sobrancelhas em curiosidade. Ele adoraria ouvir o resto da história de Pedro, mas isso poderia esperar para outro dia. Eles sentaram em silêncio sob o céu azul brilhante enquanto a praia começava a tremer com os riffs de metal. “Eu não consigo acreditar que isso é real,” disse Pedro. “Eu sei,” respondeu Ace. “Mesma coisa.” Eles relaxaram por alguns momentos. “Precisamos sair do sol,” disse um sensato Carlos, “antes que a gente frite.” “Achei que os mexicanos estivessem acostumados com o sol quente?” Ace questionou. “Eu venho de uma parte do México onde o clima é mais fresco. No Pacífico. Provavelmente explica minha reação ao chili de ontem à noite também. É muito mais quente na Bahia do que de onde eu venho, e eu não quero ter insolação antes de tocar.” “Boa ideia,” concordou Pedro, “vamos.” Os três amigos foram para os bastidores em busca de sombra e refrescos. * O sol se pôs no oeste, mas a noite estava quente, o ar estava denso, e a festa estava apenas começando. Holofotes banhavam a praia enquanto Femboy Hooters terminava seu set. O DJ da noite preencheu o intervalo entre as bandas com cortes e rasgos de death metal. Cabeças balançavam para cima e para baixo no ritmo da música enquanto milhares de metaleiros quentes e cabeludos despejavam cerveja gelada em suas gargantas.