Noé e Raquel sentaram-se de frente para Lilian, que os observava com um olhar afiado e calculista. O aroma de cordeiro assado e purê de batatas com alho preenchia a sala, mas Raquel achava difícil ter apetite. Em vez de comer, ela mantinha os olhos fixos no prato enquanto movia as cenouras baby com o garfo. O silêncio na sala era perturbador e a tensão entre eles era palpável. Determinado a manter o clima leve, Noé sorriu e perguntou: “Então, mãe, como foi seu dia?” Lilian levantou uma sobrancelha. “Ocupado. Almocei no clube de campo com Agnes e Sílvia, depois fui ao salão. Também tive uma reunião com Raquel Simões.” Lilian fez uma pausa para tomar um gole de vinho. “Você se lembra dela, Noé. Ela é a chefe da Corações Felizes. Eles estão abrindo um novo escritório na cidade. Fiz uma doação considerável para ajudar com as despesas.” Raquel olhou para Noé, questionando. “Corações Felizes?” “É uma organização de caridade dirigida por uma velha amiga da mãe. Eles ajudam famílias de baixa renda com crianças pequenas. Oferecem desde alimentos e roupas até assistência com aluguel e contas.” “Oh, isso parece incrível.” Raquel sorriu para Lilian, tentando ao máximo parecer cordial e genuinamente interessada no assunto. “Então, você trabalha com muitas instituições de caridade?” Lilian estreitou os olhos, olhando para Raquel com um toque de irritação, como se estivesse insultada por ela ousar falar diretamente com ela. “Sim, Raquel. A família Reaney sempre fez sua parte em ajudar os menos afortunados. Sem dúvida você se beneficiou de nossa generosidade uma ou duas vezes, sendo uma criança adotiva durante a maior parte da sua vida.” Raquel forçou um sorriso, determinada a não deixar a atitude de Lilian estragar a noite. “Oh, bem, eu e, tenho certeza, todas as outras crianças adotivas que você ajudou, somos profundamente gratos.” Ela espetou um pedaço de carne com o garfo e rapidamente o colocou na boca. “Eu espero que sim.” Lilian disse friamente. “Sem famílias ricas como a nossa, haveria muitas crianças vivendo nas ruas, morrendo de fome. De certa forma, Raquel, você é muito sortuda. Tenho certeza de que nossas doações tornaram sua vida bastante confortável, até privilegiada.” “Privilegiada?” Raquel olhou para Lilian em descrença. “Madame, posso garantir que minha vida foi tudo menos privilegiada.” “Sim, sim. Já ouvi sua história triste antes.” Lilian acenou com a mão de forma displicente. “Pobre ômega órfã, passando de um lar adotivo para outro. Honestamente, jovem, está ficando bastante cansativo ouvir. Você acha que é a única que já sofreu? Há outros cujas circunstâncias foram muito piores que as suas. Eu diria que você foi bastante afortunada. Pelo menos você tinha um teto, ou vários, sobre sua cabeça e comida no estômago. Pense em todas as crianças que passaram sem. Você não ouve nenhuma delas reclamando.” Raquel ficou sem palavras. Ela não podia acreditar no que estava ouvindo. Sim, havia outros em situações muito piores do que Raquel e sim, ela tinha um teto sobre sua cabeça enquanto crescia, mas nunca foi um lar. E as crianças precisam de mais do que abrigo ou comida. Elas precisam de amor, compaixão e compreensão. Essas eram coisas que Raquel, infelizmente, nunca teve. “Afortunada teria sido nunca ter perdido meus pais em primeiro lugar.” Ela disse, sua voz baixa e sombria. “Todos nós sofremos perdas em nossas vidas.” Lilian disse enquanto levantava o copo aos lábios. “O que te faz tão especial?” “Bem, eu…” Raquel suspirou e fechou a boca, incapaz de terminar seu pensamento. Parecia inútil continuar discutindo com a mulher. Não quando ela tão rapidamente rebatia tudo o que ele dizia. “Mãe, eu pedi para você não desrespeitar a Raquel. Você poderia, por favor, mostrar um pouco de contenção?” Noé lançou um olhar de advertência para Lilian, mas Lilian apenas zombou em resposta. “Eu não vou.” Ela retrucou. “Respeito é conquistado, não dado, e essa garota não fez nada para ganhar meu respeito.” “Ela também não fez nada para ganhar seu desprezo.” Noé rebateu. Lilian bufou. “Bem, isso ainda está para ser visto.” “E o que isso quer dizer?” Noé estreitou os olhos enquanto encarava Lilian. “Quer dizer que eu não acredito que essa garota seja quem diz ser e não acredito que suas intenções sejam totalmente puras.” Noé colocou o garfo de lado e cruzou os braços sobre o peito, desafiadoramente. “Sério, mãe, isso de novo? Quando você vai confiar que eu sei o que estou fazendo?” “Quando você parar de agir como um adolescente teimoso com uma paixão.” Ela voltou sua atenção para Raquel, então, seu tom gotejando desdém. “Então, Raquel, onde você planeja ir quando sair da Mansão Reaney? Você acha que pode conseguir seu antigo emprego de volta depois de sair tão frivolamente?” Noé franziu a testa. “Ela não saiu frivolamente, mãe. Ela estava no cio. Ela não podia sair.” Lilian levantou uma sobrancelha, os lábios comprimidos. “Bem, ela não está mais no cio, então não há nada que a mantenha aqui agora, não é?” “Mãe, isso é ridículo.” Noé quase gritou do outro lado da mesa para ela, sua voz firme. “Raquel é minha companheira e um dia em breve será minha esposa. A Mansão Reaney é o lar dela agora. Ela não vai embora. Quanto mais cedo você aceitar isso, melhor.” Raquel olhou silenciosamente para seu prato, as palavras de Lilian ardendo enquanto ecoavam em sua mente. Lágrimas quentes ardiam em seus olhos, mas ela as conteve, não querendo mostrar nenhum sinal de fraqueza. “Por favor, Noé, não me diga que você estava falando sério sobre se casar com ela. Olhe para ela, ela não é digna de carregar o nome Reaney. Ela nem consegue falar para se defender.” Raquel suspirou, finalmente olhando para Lilian nos olhos. “Qual é o ponto?” Ela perguntou, seu tom frio e derrotado. “Você já fez sua opinião sobre mim. Qualquer coisa que eu diga agora seria inútil.” Lilian sorriu, percebendo que finalmente tinha atingido o ponto.
um nervo. Ela olhou para Rodrigo e estreitou os olhos, seu olhar gelado lançando punhais diretamente em seu coração. “Eu só estou tentando cuidar do meu filho.” Ela disse. “Você não pode acreditar honestamente que eu permitiria que você se infiltrasse nesta família. Você está abaixo do meu filho, está abaixo de todos nós. Classe baixa e insignificante.” “Mãe, já chega!” Miguel estava de pé num instante, socos batendo na superfície da mesa com força enquanto ele olhava para Lilian. Lilian apenas riu do surto repentino. “Miguel, querido, sente-se. Birras são impróprias para jovens alfas. Além disso, por que ficar bravo comigo quando estou apenas dizendo a verdade? Seu pequeno ômega é inútil, lixo da sarjeta, e você merece alguém de pedigree mais alto.” “Ah, como você?” Rodrigo retrucou, sua raiva aumentando. “Você acha que só porque se casou com dinheiro é melhor que todo mundo, mas você não é diferente de mim. Seus pais eram pobres, classe trabalhadora, e sua mãe era uma ômega, então como isso te faz melhor do que eu?” Os olhos de Lilian se arregalaram de choque. “O que você acabou de me dizer?” Ela exigiu. A voz de Rodrigo estava firme, embora suas mãos tremessem ligeiramente. “Você nasceu na pobreza. Você só se casou com Estevão Reaney para subir seu status social.” “Rodrigo…” Rodrigo levantou a mão, silenciando Miguel. Ele já tinha tido o suficiente de Lilian Reaney e ia colocá-la em seu lugar, não importava o que isso lhe custasse. Ele estava cansado de ser a vítima silenciosa, cansado de levar desaforo de pessoas que se achavam melhores só porque ele era um ômega. Rodrigo sabia quem e o que ele era, sabia o que queria, e estava pronto para lutar por isso. “Você olha para mim e para pessoas como eu porque isso te lembra de onde você veio e você odeia isso.” Rodrigo continuou. “Você odeia que não nasceu com uma colher de prata na boca, que sua mãe era uma ômega, desprezada por pessoas como você. Você tem tanta vergonha do seu passado que finge ser alguém que não é, tudo para impressionar um bando de estranhos esnobes e arrogantes que só medem uma pessoa pelo seu status. Se esses são o tipo de amigos que você tem ao seu redor, não é de se admirar que você seja tão amarga e miserável. Você se agarra desesperadamente a Miguel porque ele é a única pessoa na sua vida que realmente te ama. Honestamente, eu sinto pena de você. Dinheiro pode comprar muitas coisas, Sra. Reaney, mas não pode comprar felicidade, afeto ou aceitação. Só mascara a dor que você sente por estar totalmente e completamente sozinha.” A fúria de Lilian foi imediata. “Como você se atreve a dizer tais coisas para mim! Você não sabe nada sobre mim, nada mesmo.” “Talvez não,” Rodrigo respondeu, “mas estou supondo que El Reaney te conhecia muito bem. Eu li tudo sobre você no diário dela. Eu sei muito mais sobre você do que você imagina.” “Diário?” Lilian torceu as mãos nervosamente no colo. “Que diário?” “O que eu encontrei no quarto de El.” Rodrigo admitiu. O rosto de Lilian ficou pálido, depois corou de raiva. “Você não tinha o direito de bisbilhotar no terceiro andar.” Ela sibilou. “Eu não vou tolerar esse comportamento insolente, e você já passou do seu tempo aqui.” “Foi isso que você disse a El?” Rodrigo retrucou. “Foi por isso que ela fugiu?” Os olhos de Lilian brilharam de fúria. “Eleanor Reaney era uma viciada em drogas. Ela mereceu o que quer que tenha acontecido com ela.” Rodrigo se inclinou para frente, sua voz mortalmente calma. “O que exatamente aconteceu com ela?” Lilian enrijeceu, recusando-se a encontrar os olhos de Rodrigo. Miguel sentou-se novamente, mas seu olhar estava fixo em sua mãe. Com as mãos trêmulas, Lilian alcançou sua bolsa e puxou um estojo de cigarro de prata, abriu-o e retirou um cigarro que colocou entre os lábios antes de acendê-lo. Ela deu uma longa tragada pensativa e depois exalou uma nuvem de fumaça, acalmando-se um pouco mais. “Como diabos eu deveria saber?” Lilian respondeu com indiferença. “Ela cortou os laços com a família anos atrás, e ainda bem. Ela nem se deu ao trabalho de comparecer ao funeral do próprio irmão. Eu não tenho utilidade para ela.” Seu olhar mudou para Rodrigo, seus olhos mostrando nada além de desprezo. “Assim como eu não tenho utilidade para você. Você deveria nos fazer um favor e desaparecer, como ela fez.” A raiva de Miguel transbordou. Ele teve que segurar a borda da mesa apenas para não pular de seu assento uma segunda vez e dar um tapa na cara de Lilian. “Mãe, pare com isso! Rodrigo é importante para mim. Quando você vai entender isso? Nada do que você diga ou faça vai mudar o que eu sinto por ele. Eu o amo e pretendo passar o resto da minha vida com ele. Quero construir uma família com ele e envelhecer com ele. Rodrigo é minha vida agora.” Lilian riu da proclamação de Miguel, embora seu tom fosse frio e vazio. Ela balançou a cabeça enquanto olhava para seu filho. “Casar com esse garoto seria o pior erro da sua vida. Você realmente quer passar sua vida com alguém que é tão obviamente errado para você? Você realmente quer ter filhos com um pobre, branco, lixo?” “Rodrigo não é pobre, branco, lixo e qualquer filho que tivermos será Reaney, e será amado e respeitado.” Miguel disse a ela, sua voz baixa e com um tom de aviso. “Qualquer filho que você tiver com Rodrigo será um bastardo malcriado. Rodrigo não é um membro desta família, nunca será um membro desta família, nem qualquer um de seus filhos. Faça a coisa responsável e lave suas mãos dele, agora, enquanto você ainda pode. Uma vez que ele conseguir engravidar, você ficará preso a ele para sempre.” Rodrigo se levantou. Lágrimas escorriam pelo seu rosto.
enquanto ele não conseguia mais segurar as lágrimas. As palavras de Lilian o haviam atingido profundamente e ele não podia mais fingir que sua crueldade não o afetava. “Você é uma mulher fria e sem coração.” Ele disse a ela. “Não é de se admirar que El tenha escolhido pegar seu bebê e fugir.” Riley sentiu um aperto no peito, suas lágrimas vieram mais rápidas e intensas. Em vez de dizer mais e desabar completamente, Riley deu meia-volta e fugiu do quarto, os sons de seus soluços ecoando pelo longo corredor. Noah ficou de pé, encarando sua mãe. Ele jogou o guardanapo na mesa e bateu a cadeira com força contra a mesa. “Bem, espero que você esteja feliz.” Ele rosnou. Lilian sorriu, uma satisfação distorcida em seus olhos. “Na verdade, estou radiante.” Noah balançou a cabeça em derrota enquanto Lilian casualmente bebia seu vinho. “Inacreditável.” Ele sibilou antes de sair furioso do quarto. Agora ele tinha que encontrar Riley e tentar consertar isso antes de perder o homem que amava, para sempre.
***
Os ecos das palavras cruéis de Lilian pairavam pesadamente no ar enquanto Riley fugia da sala de jantar, lágrimas escorrendo pelo rosto. Seu coração batia com uma mistura de dor e raiva, cada passo parecia mais pesado enquanto ele voltava para o quarto que agora compartilhava com Noah. A opulência da Mansão Reaney, com seus grandes lustres e móveis luxuosos, parecia sufocante e fria, um contraste gritante com o calor que Riley tanto buscava. Ele desabou na cama, seus soluços abafados pelo edredom macio. O cheiro de lavanda dos lençóis recém-lavados era um conforto fugaz, ofuscado pelo agudo veneno das palavras de Lilian. Riley não sabia quanto tempo ficou ali chorando, minutos talvez, horas quem sabe. Ele havia perdido toda a noção de tempo e consciência de seu entorno, estando apenas vagamente ciente de onde estava. Ele estava acostumado ao quarto das rosas, mas estar ali agora, na cama de Noah e cercado pelo seu cheiro, era algo a que ele definitivamente poderia se acostumar.
Riley congelou ao ouvir o som da porta se abrindo. Será que Lilian veio oficialmente expulsá-lo? Ou será que o espírito de El veio até ele no meio de seu colapso para lhe oferecer algum conforto? Talvez ela estivesse zangada porque ele contou a Lilian sobre o diário. Riley não sabia, mas estava com muito medo de olhar e ver, então segurou a respiração até que quem entrasse no quarto se fizesse notar. Riley soltou a respiração quando percebeu que era Noah quem havia entrado. Ele se aproximou da cama, seus passos suaves contra o carpete. Ele encontrou Riley encolhido, seu corpo tremendo com soluços silenciosos. Sem dizer uma palavra, Noah deitou-se ao lado dele, abraçando-o pela cintura. O calor do corpo de Noah era um bálsamo reconfortante para o coração ferido de Riley.
“Riley,” Noah sussurrou, sua voz gentil e tranquilizadora, “minha mãe está errada. Você faz parte desta família. Você é minha família agora e nada e ninguém jamais mudará isso.” Riley fungou, enxugando as lágrimas com as costas da mão. “Eu não me importo se Lilian nunca me aceitar, mas dói que ela não aceitaria os filhos que possamos ter.” O braço de Noah apertou ao redor dele, sua respiração quente contra o pescoço de Riley. “Se tivermos filhos, uma vez que eles nascerem, minha mãe não terá escolha a não ser se apaixonar por eles.” Riley virou a cabeça ligeiramente, ceticismo estampado em seu rosto manchado de lágrimas. “Eu quero acreditar em você, Noah, eu realmente quero, mas é difícil. Meu sonho é que todos sejamos uma grande família feliz, mas ela parece determinada a me afastar.” Noah beijou a nuca de Riley, seus lábios suaves e reconfortantes. “As coisas têm uma maneira de se resolver, amor. Você só precisa ter fé.” Riley virou-se para encarar Noah, seus narizes quase se tocando. Seus olhos, ainda molhados de lágrimas, procuraram segurança nos de Noah. Ele sorriu para Noah. “Eu tenho fé em você.” Ele disse, sua voz suave e cheia de afeto. Noah sorriu de volta, uma expressão terna e amorosa que fez o coração de Riley doer de paixão. Seus lábios se encontraram em um beijo suave, uma promessa silenciosa de apoio e amor inabaláveis. Riley derreteu-se contra Noah, aprofundando o beijo. Ele deslizou a língua na boca de Noah e por um momento suas línguas se encontraram, colidiram juntas, e Riley gemeu profundamente no beijo.
“Deus, você é tão lindo.” Noah disse, olhando profundamente nos olhos castanhos e escuros de Riley. “O jeito que você geme me excita tanto. Quero beijar você todo, só para ouvir mais.” Riley sorriu, um brilho de brincadeira em seus olhos. “O que está te impedindo?” Ele perguntou, lambendo os lábios sedutoramente. Noah aceitou o convite com determinação ansiosa. Ele deslizou os dedos pelo braço de Riley, mais abaixo até que seus dedos deslizassem sobre seu quadril e então segurassem sua bunda redonda e pequena. Noah gentilmente empurrou Riley de costas. Riley puxou os joelhos até o peito e Noah se moveu entre eles, empurrando-os ainda mais afastados. Noah olhou para baixo, seus olhos cheios de fome e necessidade. Noah inclinou-se e beijou a garganta de Riley, depois trabalhou seu caminho pelo corpo do ômega. Noah empurrou a camisa de Riley para cima, além do peito. Seus dedos roçaram os mamilos rosados e firmes de Riley. Eles endureceram sob seu toque. Os lábios de Noah começaram a deslizar pela pele exposta do estômago de Riley, deixando beijos suaves como borboletas ao longo de seu núcleo. Riley soltou outro gemido apaixonado e arqueou as costas. Sua cabeça caiu para trás e ele fechou os olhos, saboreando cada toque dos dedos de Noah e cada pressão de seus lábios contra seu corpo, seu próprio desejo aumentando a cada momento que passava. Noah sorriu quando viu a expressão no rosto de Riley, aquela expressão que ele amava tanto era quase tão erótica quanto os suaves e necessitados sons que Riley fazia. Noah já estava duro, sua ereção pressionando contra suas calças, quase…
dolorosamente. Ele estava pronto e ansioso por mais, mas ainda não tinha terminado de provocar Gabriel. Ele queria vê-lo se contorcer e se remexer na cama sob ele. Ele queria ouvir seus pedidos e gemidos necessitados. Ele queria que Gabriel se desmanchasse completamente debaixo dele. Lucas continuou a beijar Gabriel, alternando entre beijos e deslizando a língua sobre sua pele até que Gabriel não pudesse mais suportar a provocação constante. Ele se moveu para o peito de Gabriel, beijando e chupando e mordendo ternamente seus mamilos. Ele deslizou as mãos pelo corpo de Gabriel, levantando sua camisa mais para cima, sobre sua cabeça e depois jogando-a no chão. Lucas olhou para Gabriel, seus olhos castanhos e longos cabelos pretos, ligeiramente ondulados, normalmente presos em um rabo de cavalo, agora estavam soltos e espalhados pelos travesseiros. Ele realmente era uma beleza. O homem mais bonito que Lucas já tinha visto, de fato, e ele se deliciava com o fato de que Gabriel era dele e somente dele. A ereção de Lucas pressionava mais forte contra suas calças, implorando para ser libertada. Gabriel também estava duro. Lucas sentiu a ereção do ômega enquanto deslizava a mão entre as pernas de Gabriel e gentilmente começava a apertar e esfregar através do tecido de seus jeans. Gabriel gemeu, se contorcendo na cama, e Lucas sorriu. Isso o excitava saber que ele podia causar tal reação em seu parceiro, que ele era a razão pela qual Gabriel estava tão agitado e excitado. Enquanto Lucas olhava para Gabriel, ele se maravilhava com a beleza do homem. Ele amava a maneira como Gabriel olhava para ele, seus olhos brilhando com o amor que ele tinha por Lucas. Lucas nunca em sua vida imaginou que poderia amar outra pessoa tanto assim, mas ele amava. Ele amava tudo sobre Gabriel. Ele amava sua mente, sua paixão e, acima de tudo, ele amava sua compaixão. Gabriel era uma verdadeira joia aos olhos de Lucas. Um presente que ele iria valorizar para sempre. “Eu te amo.” Lucas sussurrou no pescoço de Gabriel. “Você é meu mundo.” “Também te amo.” Gabriel respondeu. “Você é tudo para mim.” Lucas o beijou novamente, saboreando o gosto de seus lábios e amando como seus corpos se encaixavam perfeitamente, como se fossem feitos um para o outro. Lucas beijou uma linha descendo pelo estômago de Gabriel novamente, parando logo acima do umbigo. Com um movimento rápido e fluido, Lucas desabotoou as calças de Gabriel e abriu os lados, revelando aquela gloriosa trilha de pelos escuros levando à sua virilha. Ele traçou a trilha de pelos com o dedo e Gabriel estremeceu debaixo dele, seu corpo tremendo e seus olhos implorando para Lucas acabar com a tortura e possuí-lo. Segurando a cintura dos jeans de Gabriel, Lucas os abaixou lentamente, revelando o prêmio por baixo. Seus dedos roçaram a pele nua de Gabriel e a respiração de Gabriel ficou entrecortada, a antecipação era demais. Ele queria Lucas, precisava dele, precisava senti-lo dentro de si. Esse desejo não era como seu cio, uma necessidade instintiva e primitiva de procriar, era diferente, mais íntimo, mas igualmente forte e exigente. Gabriel precisava que Lucas reivindicasse seu corpo, o possuísse de todas as maneiras possíveis. Lucas era alfa, Gabriel era ômega, dois lados da mesma moeda e agora era a hora de unir esses lados e se tornarem um só. Sentindo a necessidade de Gabriel, Lucas rapidamente removeu as calças e a cueca de Gabriel, jogando ambos no chão. Ele olhou para o que acabara de descobrir. Gabriel, em toda a sua glória, nu diante dele, pronto e ansioso para ser tomado por seu alfa.